Olá queridos!
Não estou mais usando o blog Tecendo Aventuras, agora vocês podem me encontrar aqui: http://marlicarmenescritora.blogspot.com.br/
Obrigada!
P.S: BLOG DESATIVADO.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
sexta-feira, 16 de março de 2012
Resenha: O Cabeleira.
Resenha: O Cabeleira.
O Cabeleira de Franklin Távora.
(O Cabeleira foi publicado pela primeira vez em 1876)
TÁVORA, Franklin. O Cabeleira – São Paulo Editora, 1973. – 202 p.
João Franklin da Silveira Távora nasceu em Baturité, província do Ceará em 1842.
Aos 18 anos já havia publicado contos. Ingressou na Faculdade de Direito em Fortaleza e dedicou-se aos estudos da literatura. Em 1870 fez uma intensa campanha a favor de uma literatura regionalista. No fim da vida, precisou vender parte de sua biblioteca. Morreu pobre em 18 de Agosto de 1888.
O romance é a história de um assassino conhecido como “O Cabeleira” de nome José Gomes. As cenas das batalhas são descritas com detalhes, jorrando sangue para o leitor. Nas primeiras páginas é exatamente o que acontece, levando-nos a sentir o cheiro de tanta carnificina.
Pai e filho, junto com seus comparsas; aterrorizam os lugares que passam. Algumas cenas foram divertidas para mim, que imaginava o ocorrido com um certo humor, que não há na escrita de Franklin.
Algo a se levar em conta, é que a história se passa na época do romantismo no Brasil, mas há um pouco de naturalismo na obra, também.
O Cabeleira mata sem piedade, incentivado pelo pai. Gostei muito do livro que nos mostra o quanto uma pessoa pode ser influenciada por seu meio. José Gomes, na realidade não é malvado, sua mãe é de uma ternura só.
Joana, a mãe boa e fraca, viveu em luta incessante com Joaquim, o pai sem alma nem coração. ( p. 63)
Mas o pai acabou saindo de casa, por que queria um filho assassino e a mãe não. Levando-o consigo e dominando sua mente e suas vontades.
- Não quero que chores. Quem é homem não chora, quem é homem faz chorar. (p. 67)
Aliás, o determinismo do meio, é uma característica marcante do Naturalismo. O Cabeleira é na verdade uma projeção do ambiente e se confundi com o meio.
As mulheres da narrativa são todas pobres, mas de bom coração.
O autor destaca alguns pequenos pontos importantes da história do local. Tudo transcorre entre as matanças, até que o Cabeleira encontra uma rapariga na beira de um rio. Aqui é um momento importante, que mudará algumas coisas no enredo. O Cabeleria modifica seu comportamente passivo e obediente ao pai, por que este queria a menina para sí. Mas ela é alguém importante na trama, que leva Cabeleira a enfrentar Joaquim:
Não é meu pai aquele que só me ensinou roubar e a matar.( p.115)
No desfecho da obra o autor surpreende o leitor!
Eu li o livro, pois estou realizando um trabalho de Literatura sobre o autor Franklin Távora.
A leitura é um pouco cansativa, mas super recomendo. Franklin orquestra bem as palavras, apresenta magnificamente os cenários e as batalhas dos cangaceiros.
José Gomes de fato existiu e o autor utilizou das histórias contadas para escrever seu livro.
Muito legal! Vale a pena para quem gosta dos clássicos da literatura.
Marli Carmen Jachnkee.
sexta-feira, 9 de março de 2012
Análise da música: Cuando los angeles lloran...
Dando apenas uma olhada superficial na
letra, parece apenas um grupo cantando sobre alguém que já morreu: “chove sobre
o campanário, alguém morreu”. Parece recordar as memórias de alguém cujo nome
está bem específico na letra.Olhando para o contexto histórico, é
importante saber que a letra foi escrita em 1995 por um grupo mexicano, sobre um
fato ocorrido em 1988, nos confins da Amazônia brasileira, em uma cidadezinha
chamada Xapuri, no Acre.Durante aquele período, ninguém escreveria
uma canção falando sobre a luta deste homem, pois seus esforços geralmente eram
abafados pela mídia nacional, mas muito aclamado pela internacional. Até quando
Chico Mendes recebeu ameaças de morte, tanto a polícia quanto a mídia deram às
costas ao caso. Esta mesma mídia e polícia, depois da desgraça que acarretou a
morte do seringalista, desejavam que o assunto morresse com ele. Mas a mídia
internacional fez disto uma manchete mundial!Sendo assim, os esforços deste brasileiro,
ultrapassaram as fronteiras e as gerações. É importante ter em conta, que a
imprensa internacional, favoreceu muito a Chico Mendes, portanto, não é estranho
escutar mexicanos cantando uma canção sobre ele.Para entender o contexto histórico e a
denúncia contida na letra da música é preciso saber mais que o simples fato de
Chico Mendes ter sido brasileiro, seringalista que lutou e morreu pela defesa da
preservação da Floresta Amazônica. É preciso saber que: os seringalistas viviam
suas vidas de homens da floresta até que, os donos das terras em que eles
retiravam o látex para a fabricação da borracha, decidiram vende-las aos
fazendeiros do sul, para o pastoreio de gado.Estariam os seringalistas sem sustento nem
teto, teriam que lutar ou lutar. Não havia muitas opções. Chico Mendes foi um
destes homens, aliás, aquele que mais se destacou. Esse movimento que parecia
inofensivo acabou ganhando forças internacionais. E é claro, começou a incomodar
os ricos fazendeiros, que influenciavam a política.Chico àquela altura, já estava até ganhando
prêmios internacionais por sua causa de luta ambiental. Dentro do Brasil, pouco
se falava sobre este homem. Foi aí que, ele começou a receber inúmeras ameaças
de morte. Com o destaque internacional, que ele possuía, os Bancos Estrangeiros
deixaram de emprestar dinheiro para a construção de estradas ou qualquer outra
coisa que pudesse prejudicar a Floresta Amazônica. Isso deixou muitos
empresários e políticos nervosos. Dentro
de seus planos políticos estavam as promessas de levarem progresso onde ainda
não havia. Daí a menção na música: “ele morreu a sangue frio, sabia
Collor de Mello e também a polícia.” Chico avisou a polícia e a imprensa
de que estava marcado para morrer, mas ninguém deu muita importância.
Menciona-se também, o punho leve do Presidente em relação aos criminosos, depois
do ocorrido. Pois em 1988 o Presidente era José Sarney, e durante o julgamento
era o Collor. Os acusados do crime, pai e filho foram condenados à prisão dois
anos depois da morte do seringalista. Fugiram da cadeia e foram presos
novamente. Hoje, já estão em liberdade. A parte em que falam: “ele deixou dois
lindos filhos, uma esposa valiosa”, destaca o fato de Chico ser um homem como
qualquer outro, tinha sua família e seu trabalho, mas como poucos, fez algo
realmente grande! Ele decidiu lutar por aquilo que julgava ser certo. E até hoje
falam dele, escrevem livro sobre este homem, ou até mesmo canções! Em diversos
lugares do Mundo!Para
finalizar: “quando os anjos choram” é uma metáfora, pois na Amazônia chove
muito, e poeticamente os autores querem dizer que a chuva são as lágrimas dos
anjos, por tanta injustiça ocorrida naquelas terras. Por tantas mortes
inocentes! Os autores, por fim, acabam desejando com essa música, fazer uma
homenagem para Chico Mendes, seringueiro e brasileiro!
Por Marli Carmen, autora de "Amazônia- um caminho para o sonho.
sábado, 27 de agosto de 2011
Mulher...
Mulher estranha, dormia sentada, caminhava cabisbaixa. Passos sem pressa..
Rosto que quase não sorria, mas quando o fazia tinha um sorriso lindo.
Quais eram seus desejos, do que gostava ou acreditava? Ninguém sabia!
Ela vinha e ia, sempre sozinha. Assim passou pelo mundo a mulher que todos achavam que não vivia...
Rosto que quase não sorria, mas quando o fazia tinha um sorriso lindo.
Quais eram seus desejos, do que gostava ou acreditava? Ninguém sabia!
Ela vinha e ia, sempre sozinha. Assim passou pelo mundo a mulher que todos achavam que não vivia...
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